Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Apr 1993)

Atividade quimioprofilática na esquistossomose mansoni de sabonetes contendo óleo essencial de frutos de Pterodon pubescens Chemoprophylactic activity in schistosomiasis mansoni of soaps containing essential oil from the fruits of Pterodon pubescens

  • Naftale Katz,
  • David dos Santos Filho,
  • Sílvio José Sarti,
  • Nelymar Martineli Mendes,
  • Pedro Alves Rocha Filho,
  • Neusa Araujo

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651993000200011
Journal volume & issue
Vol. 35, no. 2
pp. 183 – 191

Abstract

Read online

Foi estudada a ação quimioprofilática na esquistossomose experimental do óleo essencial do fruto de Pterodon pubescens Benth (Leguminosae), incorporado a diferentes formulações de sabonete. As formulações foram usadas topicamente nas caudas de camundongos que, imediatamente, 24,72 ou 168 horas após, foram expostos a cercárias de Schistosoma mansoni, pelo método de imersão da cauda. A proteção foi avaliada 45 dias após a exposição, quando os camundongos foram sacrificados e os vermes recolhidos por perfusão. Os resultados mostraram níveis de proteção variando de 0,0 a 100% conforme a formulação usada. Foi também desenvolvida uma metodologia que possibilitou a avaliação do sabonete protetor quando camundongos foram expostos à infecção natural em córregos infestados com caramujos na periferia de Belo Horizonte, MG. Resultados promissores foram obtidos, uma vez que houve proteção de 57,5 e 31,1% quando os animais foram ensaboados 24 e 48 horas antes. Estudos preliminares de avaliação de irritação e toxicidade foram favoráveis e mostraram que esta nova arma profilática poderá auxiliar no controle da esquistossomose.The chemoprophylactic action of the essential oil of the fruit of Pterodon pubescens Benth (Leguminosae), incorpored in different soap formulations, was studied in experimental schistosomiasis. The formulations were used locally on the tails of mice which were exposed to Schistosoma mansoni cercariae immediately, 24, 72 or 168 hours later by the method of tail immersion. Protection was evaluated 45 days after exposure when the mice were sacrificed and the worms collected by perfusion. The results showed levels of protection varying from 0.0 to 100% depending on the formulation used. A methodology that allowed the evaluation of soap protection of mice exposed to natural infection in snail infested streams on the outskirts of Belo Horizonte, MG, was also developed. Promising results were obtained in that protection of between 57.5 and 31.1% was observed in field trials when soap was applied to the animals 24 and 48 hours earlier. Preliminary studies evaluating irritation and toxicity were favorable and showed that this new prophylactic weapon could contribute to the control of schistosomiasis.

Keywords