Revista Trágica (Sep 2024)
Explicando a máquina territorial primitiva
Abstract
O intuito deste artigo é explicitar o modo de funcionamento daquilo que, em O anti-Édipo (1972), o filósofo Gilles Deleuze e o psicanalista Félix Guattari chamam de “máquina territorial primitiva”, privilegiando, para tanto, a recepção crítica dos autores em relação às ideias defendidas pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss em As estruturas elementares do parentesco (1949). Veremos que os autores tentarão marcar sua distância em relação a Lévi-Strauss argumentando que 1) a máquina territorial primitiva opera mais em função da dívida do que da troca e 2) que este funcionamento pressupõe um caráter essencialmente móvel das posições reservadas a cada personagem do parentesco.
Keywords