Semina: Ciências Agrárias (Nov 2022)

Parâmetros associados à resistência de genótipos de café a temperaturas negativas

  • Juliandra Rodrigues Rosisca,
  • Getúlio Takashi Nagashima,
  • Carolina Maria Gaspar de Oliveira,
  • Heverly Morais,
  • Gustavo Hiroshi Sera,
  • Paulo Henrique Caramori,
  • Marcelo Augusto de Aguiar e Silva

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2022v43n5p2293
Journal volume & issue
Vol. 43, no. 5

Abstract

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Os danos fisiológicos em cafeeiros causados pelo estresse de frio podem variar de acordo com intensidade, tempo de exposição, genótipos, idade e status nutricional das plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os danos foliares, fisiológicos e bioquímicos decorrentes da exposição das mudas de café a temperaturas negativas e, assim, determinar a temperatura mínima letal para genótipos que poderão ser úteis em futuras pesquisas de cafeeiros mais resistentes ao frio. Foram avaliadas quatro progênies de Coffea arabica com introgressão de Coffea racemosa, três progênies de C. arabica com introgressão de Coffea liberica e a espécie C. racemosa, além das cultivares de C. arabica Mundo Novo IAC 376-4 e Catuaí Vermelho IAC 81, as quais foram usadas como controles suscetíveis. As plantas foram submetidas às temperaturas de -2, -3, -4 e -5 ºC em câmara climática de crescimento. As avaliações dos danos foliares e fisiológicos das mudas foram feitas pelo critério visual (método qualitativo) e por métodos quantitativos: fotossíntese, razão entre a fluorescência variável e máxima do fotossistema II (Fv/Fm), condutividade elétrica de solução de embebição dos discos foliares e teor de proteína. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x10, sendo 5 níveis de temperaturas e 10 genótipos, com 4 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de agrupamento de médias Scott-Knott a 5% de significância. Realizou-se correlação de Pearson entre os dados para as médias dos genótipos. Os danos visuais foram detectados a partir de -3 °C e quando correlacionados com os demais parâmetros fisiológicos, observou-se resistência somente para a espécie C. racemosa. Temperaturas entre -4 e -5 °C foram as mais adequadas para testar resistência ao frio em progênies de café.

Keywords