Revista do Instituto Florestal (Dec 2005)

CONSEQUÊNCIAS DO MANEJO FLORESTAL NO SISTEMA DE REPRODUÇÃO DE Tabebuia cassinoides (Lamarck) A. P. de Candolle

  • Alexandre Magno Sebbenn,
  • Eduardo Gusson,
  • Paulo Yoshio Kageyama

DOI
https://doi.org/10.24278/2178-5031.2005172477
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 2

Abstract

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Populações naturais de Tabebuia cassinoides (Lamarck) A. P. de Candolle estão sendo exploradas há muitas décadas, restando hoje apenas poucas populações naturais. Este trabalho teve como objetivos estudar as conseqüências da exploração florestal sobre os níveis de diversidade genética e o sistema de reprodução da espécie. Para isso, comparou-se uma população não explorada (Estação Ecológica de Juréia-Itatins) e uma explorada pelo corte seletivo (Fazenda Cindomel, Iguape–SP). Os níveis de diversidade genética observados na população não explorada foram, em geral, maiores ( Aˆ = 1,71; Ae ˆ = 1,29; Ho ˆ = 0,197; He ˆ = 0,224) do que na explorada ( Aˆ = 1,71; Ae ˆ = 1,28; Ho ˆ = 0,227; He ˆ = 0,217), embora as diferenças não sejam significativas. Por outro lado, a estimativa da taxa de cruzamento multiloco foi maior na população explorada ( tˆ m= 0,996) do que na não explorada ( tˆ m= 0,923). As estimativas das diferenças entre a taxa de cruzamento uniloco e multiloco revelaram a ocorrência de cruzamentos entre parentes nas populações não explorada ( tˆ s− tˆ m=0,044) e explorada ( tˆ s− tˆ m= 0,046). A estimativa da correlação de paternidade revelou que uma parte considerável dos cruzamentos foi biparental em ambas as populações: não explorada ( rˆ p= 0,570) e explorada ( rˆ p= 0,371), e que parte das progênies são irmãos-completos. De modo geral, os resultados sugerem que a exploração alterou o sistema de reprodução da espécie, no sentido de favorecer cruzamentos mais diversificados

Keywords