Demetra (Feb 2016)

EFEITO DOS NUTRIENTES E SUBSTÂNCIAS ALIMENTARES NA FUNÇÃO TIREOIDIANA E NO HIPOTIREOIDISMO

  • Thais Regina Mezzomo,
  • Juliana Nadal

DOI
https://doi.org/10.12957/demetra.2016.18304
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 2
pp. 427 – 443

Abstract

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Este artigo teve como objetivo elaborar uma revisão de literatura sobre nutrientes e substâncias alimentares que podem impactar na função tireoidiana. Foi realizada revisão bibliográfica utilizando associação entre os descritores “hipotireoidismo”, “iodo”, “selênio”, “zinco”, “soja”, “glúten” e “flavonoides”, na base de dados Pubmed, em 2014. Foram encontrados 172 artigos e eleitos 42, além de materiais necessários para alcançar o objetivo destse estudo. Observou-se que o iodeto participa da reação de organificação e posteriormente se acopla a resíduos de tirosil para formar os hormônios tireoidianos. Quantidades excessivas ou deficitárias de iodo contribuem para alterações tireoidianas, entre as quais o hipotireoidismo. O selênio e o zinco são cofatores para reações de deiodinação, as quais transformam a tiroxina (T4) em tri-iodotironina (T3) perifericamente. A deficiência desses minerais pode ser desenvolvida em dietas restritivas ou alimentação desequilibrada em qualquer fase da vida, colaborando com a diminuição da produção dos hormônios tireoidianos. Substâncias ingeridas por meio da alimentação, como o tiocianato e o isotiocianato, podem competir com o iodeto pela entrada nos folículos tireoidianos e comprometer a síntese dos hormônios, bem como a soja, que pode inibir a tireoperoxidase, enzima responsável pela oxidação do iodeto e formação dos hormônios tireoidianos, quando há deficiência de iodo. Estudos in vivo que demonstrem o tipo e a quantidade de flavonoides que podem interferir na conversão do T4 em T3 devem ser realizados, bem como estudos para elucidação do papel da isenção do glúten na reversão de hipotireoidismo subclínico. DOI: 10.12957/demetra.2016.18304

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