Classica, Revista Brasileira de Estudos Clássicos (Dec 2020)

Artes, perenidade, novidade e memória sob Augusto

  • Paulo Martins

DOI
https://doi.org/10.24277/classica.v33i2.949
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 2
pp. 187 – 202

Abstract

Read online

Este artigo opera a relação entre a arte plástica produzida, a partir do culto imperial de Otávio Augusto, e as tópicas da perenidade e da novidade observadas pela poesia augustana. Essa arte plástica, que era útil ao serviço de Augusto, opera imortalidade e memória do princeps. A poesia não só reverbera a poesia grega antiga e helenística como também é dependente daquela produzida pelos poetae noui. O novo estilo plástico, por sua vez, distancia-se da arte plástica republicana e aproxima-se daquela produzida na Grécia clássica e helenística. O trabalho também se ocupa da compreensão de como a imagem do poeta, agente de sua arte, interage com a figura imortal de Augusto, agente da imortalidade da urbs, de sua arquitetura e de seus lugares sagrados.

Keywords