Semina: Ciências Agrárias (Jul 2024)

Aspectos epidemiológicos e clinicopatológicos das neoplasias em suínos no Sertão da Paraíba

  • Flaviane Neri Lima de Oliveira,
  • Artefio Martins de Oliveira,
  • Ialys Macêdo Leite,
  • Joana Kehrle Dantas Medeiros Pereira,
  • Érick Platiní Ferreira de Souto,
  • Everton Ferreira Lima,
  • Glauco José Nogueira de Galiza,
  • Antonio Flávio Medeiros Dantas

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n4p1275
Journal volume & issue
Vol. 45, no. 4

Abstract

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As neoplasias na espécie suína são raras, sendo ocasionalmente descritas associadas a sinais clínicos e motivos para eutanásia no Brasil. Descrevem-se os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos dos neoplasmas em suínos no Sertão da Paraíba. Foi realizado um estudo retrospectivo dos laudos de biópsia e necropsias de suínos diagnosticados com neoplasias no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande durante os anos 2003 a 2022. Foram diagnosticadas sete neoplasias, sendo: carcinoma de células escamosas (CCE), melanoma, nefroblastoma e o hemangiossarcoma. O CCE foi diagnosticado em três fêmeas adultas que ficavam alojados em baias com acesso ao sol, em apenas um caso o foi considerado como motivo de eutanásia. Macroscopicamente as lesões ulcerativas e crostosas possuíam diferentes localizações no dorso dos animais. O melanoma foi identificado em dois casos, ambos com idade aproximada de um ano apresentando-se como massas multifocais, solitárias, macias e enegrecidas. O hemangiossarcoma foi diagnosticado em um macho de um ano de idade com lesões nodulares ulcerativas, multilobuladas e macias. O nefroblastoma foi considerado como um achado incidental durante a inspeção no abatedouro em um caso, macroscopicamente caracterizou-se por massa tumoral multilobulada, firme, branco-amarelada, medindo 8 cm de diâmetro, aderida a cápsula renal que ao corte estendia-se até a região medular. Os neoplasmas foram considerados pouco frequentes. Contudo, os tumores mais frequentes estavam acometendo a pele com evolução das lesões de até um ano. Essa localização possibilita a associação com exposição prolongada à luz ultravioleta, fator desencadeante de neoplasias cutâneas. O acometimento de animais jovens foi comum, evidenciando uma característica epidemiológica importante dessas patologias na espécie. A realização do diagnóstico de lesões proliferativas nesses animais é importante como diferencial de condições não neoplásicas principalmente em abatedouros.

Keywords