Clinical and Biomedical Research (Jun 2022)

Toracoscopia em crianças com derrame parapneumônico complicado

  • José Carlos Fraga,
  • Gabriel Nunes,
  • Tiene Hinke,
  • Luciano Schopf,
  • Carlos R.H. Antunes

Journal volume & issue
Vol. 20, no. 1

Abstract

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OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi avaliar nossa experiência com a toracoscopia no derrame parapneumônico complicado. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada revisão retrospectiva de prontuários de 23 crianças (12 meninas), idade média de 3 anos e 2 meses, operadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de julho de 1995 a julho de 1998. As indicações da toracoscopia foram derrame pleural residual e febre nos pacientes submetidos inicialmente à drenagem torácica fechada (n = 20) e presença de derrame pleural complicado com septações (n = 3) nas demais. A toracoscopia foi realizada com medistinoscópio (n = 8) ou videotoracoscópio (n = 15). Cinco crianças necessitaram refazer a toracoscopia devido à presença de febre e de líquido pleural loculado após a remoção do dreno torácico. Três crianças necessitaram a realização de drenagem aberta: pleurostomia (n = 2) ou secção e abertura do dreno torácico (n = 1). RESULTADOS: Todas as crianças tiveram completa recuperação clínica. Comparação entre as crianças que realizaram toracoscopia com mediastinoscópio ou com videotoracoscópio não mostrou nenhuma diferença. CONCLUSÕES: Concluímos que a toracoscopia deve ser usada em crianças com derrame pleural residual e febre, durante ou após drenagem torácica fechada, e deve ser considerada como primeira opção nas crianças com derrame no estágio fibrinopurulento. Além disso, concluímos que não há diferença entre a realização de toracoscopia com mediastinoscópio ou videotoracoscópio.

Keywords