Revista Brasileira de Cartografia (Jun 2017)

MODELAGEM AMOSTRAL PARA O MONITORAMENTO DE COMPONENTES OPTICAMENTE ATIVOS NO RIO TIBAGI/PR, UTILIZANDO IMAGENS LANDSAT 8/OLI

  • Paulo Henrique Maques de Castro,
  • Adriana Castreghini de Freitas Pereira,
  • Mirian Vizintim Fernandes Barros

Journal volume & issue
Vol. 69, no. 7

Abstract

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Tem-se observado alterações na hidrodinâmica do rio Tibagi/PR decorrentes da construção de reservatórios na bacia hidrográfica, associadas ao expressivo crescimento populacional da região nas últimas décadas, o que motivou a proposta da presente pesquisa, que é a de gerar um modelo amostral para o monitoramento da qualidade da água em ambientes lóticos e semilênticos no rio Tibagi, utilizando imagens multiespectrais do satélite Landsat 8/OLI. Pesquisas limnológicas tradicionais tendem a levantar pontos amostrais, muitas vezes, insuficientes para análises mais robustas de correlações entre os parâmetros de qualidade da água. Nesse sentido, são apresentados dois esquemas de delineamento amostral para a definição dos pontos de coleta "in situ", pautados na técnica de amostragem sistemática alinhada com posterior estratificação. Tal estratificação foi realizada a partir de uma análise temporal das imagens multiespectrais disponíveis para a área de estudo, no sentido de caracterizar o comportamento espectral da água da represa estudada, considerando dois períodos representativos de sua dinâmica: seca e cheia, baseado em Pereira, (2015) e Pereira et al., (2010). Para o delineamento amostral do ambiente aquático semilêntico é indicada a aplicação de Faixas Concêntricas, e para o ambiente aquático lótico, Margens Paralelas; ambos pautados em buffers com equidistâncias previamente estabelecidas. Ao final os pontos foram realocados conforme a resposta espectral do corpo d´água, realizado a partir da análise temporal. O modelo amostral pretende contribuir para o atual monitoramento da qualidade da água das áreas de estudo, frente às recentes interferências dos impactos negativos pós a construção e operacionalização da Usina Hidrelétrica de Mauá localizada no rio Tibagi, entre os municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba, no Estado do Paraná, apresentando-se como uma alternativa metodológica para o monitoramento das águas desse ambiente, com redução de custos e otimização de tempo. O delineamento amostral gerado para o ambiente aquático semilêntico apresentou vinte e quatro pontos, e para o ambiente aquático lótico, vinte pontos. Os dados limnológicos foram coletados "in situ" para cada ponto definido pelos dois esquemas amostrais usando receptores GPS, garantindo a fidelidade e posicionamento dos dados medidos e coletados.