Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA PELO MIELOGRAMA E PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA COMPLEMENTAR POR OUTRAS TECNICAS DIAGNÓSTICAS

  • ICLS Lordêlo,
  • POS Almeida,
  • SHB Ferreira,
  • RFL Santos,
  • F Oliveira

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S1001 – S1002

Abstract

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Objetivo: Identificar os achados conclusivos em mielogramas, destacando sua contribuição para o diagnóstico de neoplasias hematológicas e a importância de sugerir outras técnicas diagnósticas como complemento clínico. Material e métodos: Estudo retrospectivo analítico transversal realizado em um laboratório de Aracaju, Sergipe, analisando mielogramas entre janeiro de 2018 e junho de 2023. Os dados foram categorizados por sexo, faixa etária, características dos laudos e sugestões de outros métodos diagnósticos. Os dados foram analisados e as frequências calculadas. Resultados: Foram analisados 36 mielogramas entre janeiro de 2018 e julho de 2023. Destes, 38,9% eram de pacientes do sexo feminino e 61,1% do masculino. A maioria dos pacientes tinha entre 20 e 59 anos (63,9%), seguida por pacientes com 60 anos ou mais (30,5%). As conclusões dos laudos revelaram: Medula óssea intensamente hipocelular (5,6%), amostra diluída (8,4%), neoplasia mieloproliferativa crônica (2,8%), mieloma múltiplo (8,4%), síndrome mieloproliferativa ou mielodisplásica (2,8%), celularidade normal em remissão morfológica (8,4%), celularidade normal (13,9%), hipercelularidade discretamente aumentada para a idade (16,7%), hipercelularidade diminuída ou discretamente diminuída (33%). Em 52,8% dos casos, havia indicação para correlacionar os achados com clínica, imunofenotipagem, biópsia de medula óssea e biologia molecular. Discussão: Neoplasias hematológicas, em especial leucemias, seguem critérios classificatórios importantes para a conduta diagnóstica, de prognóstico e tratamento. Estes critérios são propostos pelo grupo French-American-British (FAB), de acordo com os padrões morfológicos e grau de imaturidade celular; entretanto apesar de ser útil, o critério de estadiamento FAB não traz critérios importantes para o prognóstico do paciente, assim, a Organização Mundial da Saúde atualizou os critérios classificatórios de estadiamento, levando em consideração não só padrões morfológicos, mas imuno fenotípicos e citogenéticos. Conclusão: De toda forma, o mielograma exerce importante influencia na caracterização e classificação morfológica de neoplasias hematológicas, fornecendo detalhes quantitativos e qualitativos das células hematopoiéticas medulares, porém outras técnicas são fundamentais para melhor definir critérios diagnósticos, prognóstico e conduta terapêutica do paciente. Assim destaca-se poder ser importante a sugestão de outras técnicas diagnósticas complementares, nos laudos de mielogramas.