Jornal de Pediatria (Apr 2001)
Avaliação da audição em crianças de 3 a 6 anos em creches e pré-escolas municipais Hearing evaluation in children aged 3-6 years in day-care centers
Abstract
OBJETIVO: realizar a avaliação da audição e o levantamento da prevalência de deficiência auditiva em amostra de crianças, na faixa etária de 3 a 6 anos, em creches e pré-escolas municipais de São José do Rio Preto, SP. MÉTODOS: foram realizadas audiometrias em campo livre para triagem, como primeira etapa, em 103 crianças de ambos os sexos, na referida faixa etária, em 8 creches e 8 pré-escolas previamente selecionadas. As crianças que apresentaram alterações audiométricas na triagem foram encaminhadas ao ambulatório de fonoaudiologia da instituição para realização de audiometria tonal convencional, em uma segunda etapa. A classificação da deficiência auditiva, em relação ao grau, foi feita segundo os critérios da OMS. RESULTADOS: foram encontradas alterações na função auditiva em dez crianças (9,70%, DP%=0,96) da população do estudo. Destas, uma criança (0,97%, DP%=0,96) do sexo masculino apresentou deficiência auditiva condutiva de grau leve na orelha esquerda (média OE=35 dB) e 9 crianças (8,73%, DP%=2,78) apresentaram alterações nos limiares auditivos, por via aérea, nas freqüências agudas de 4.000, 6.000 e/ou 8.000Hz. Cento e duas crianças (99,03%, DP%=0,96%), sendo 55 do sexo masculino (53,39%, DP%=4,90%) e 47 do sexo feminino (45,64%, DP%=4,90%), não apresentaram deficiência auditiva, pelos critérios da OMS. CONCLUSÕES: a prevalência de 9,7% de alterações na função auditiva encontrada na população do estudo vem a comprovar a necessidade da implantação de programas de prevenção e diagnóstico precoce da deficiência auditiva.OBJECTIVE: to estimate the prevalence of deafness in children 3-6 years old in day-care centers of São José do Rio Preto, SP, Brazil. METHODS: we used free-field audiometry to screen 103 children from 8-selected day-care centers. Children with abnormal examination results were referred to the speech therapy outpatient service to undergo pure-tone conventional audiometry. We adopted the WHO classification for degree of deafness. RESULTS: audiometric dysfunctions were present in 10 children (9.70%; SD=0.96) with one boy showing left ear mild conductive hearing loss (mean LE=35 dB), while 9 children (8.73%; SD=2.78) showed alterations in air-conduction threshold in 4000, 6000 or 8000 sharp frequencies. Out of 102 children (99.03%; SD=0.96), 55 boys (53.39%; SD=4.9) and 47 girls (45.64%; SD=4.9) presented no hearing loss according to the WHO criteria. CONCLUSIONS: the prevalence of 9.7% audiometric dysfunctions found in this study indicates that deafness prevention programs should be organized.
Keywords