Sağlık Akademisi Kastamonu (Oct 2022)

IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE NÍVEIS RECOMENDADOS DE ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA E NA APTIDÃO FÍSICA FUNCIONAL DE MULHERES IDOSAS

  • Helena Moreira,
  • Diogo Nóbrega,
  • Armando Aires,
  • Graça Pinto,
  • Andreia Teixeira,
  • João Rocha

DOI
https://doi.org/10.25279/sak.1137301
Journal volume & issue
Vol. 7, no. Special Issue
pp. 87 – 88

Abstract

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Introdução: Uma das estratégias para a promoção da qualidade de vida no idoso, passa pela prática regular de atividade física (AF), amplamente recomendada na prevenção e controlo de várias doenças não transmissíveis e na melhoria da independência, funcionalidade e autonomia desta população. A utilização de sensores de movimento como acelerómetros confere maior objetividade e precisão na avaliação da AF, medindo a aceleração corporal e estimando o dispêndio energético associado ao movimento. Objetivo: O presente estudo procurou entender a influência da prática de níveis recomendados de AF moderada-vigorosa (AFMV) (pelo menos 150 minutos por semana) na qualidade vida e na aptidão física funcional (AFF) de mulheres idosas. Metodologia: A amostra incluiu 148 mulheres (65–95 anos), a sua maioria institucionalizadas. A bateria Senior Fitness Test (SFT) foi utilizada na avaliação da AFF e as variáveis antropométricas analisadas incluíram o índice de massa corporal (IMC) e o perímetro da cintura (PC). Os valores de corte para a obesidade total e central foram os seguintes: IMC≥ 25.5 kg/m2 (valor validado para mulheres pós-menopáusicas portuguesas) e PC ≥ 88 cm, respetivamente. O Short Form Health Survey (SF-12) foi aplicado para apreciar a qualidade de vida e os níveis de AF foram avaliados recorrendo à utilização de acelerómetros Actigraph GT1M e GT3X (Ford Walton Beach, Florida, USA), usados ao nível da cintura durante 4 dias. O Test-t para amostras independentes foi utilizado para explorar a igualdade de médias entre os grupos (AFVM <150 min/semana, n=116; AFMV ≥ 150 min/semana, n=32), sendo estabelecido um grau de significância estatística de 5%. Resultados: A maioria das participantes exibiu elevados níveis de adiposidade total (71.6%) e central (72.3%), apresentando na sua globalidade (78.4%) níveis AFMV inferiores a 150 minutos/semana. As mulheres fisicamente ativas exibiram um melhor percentil para todos os parâmetros da qualidade de vida, com exceção da saúde em geral, onde não foram identificadas diferenças com significado estatístico entre os dois grupos analisados. Os valores de percentil no grupo que cumpriu os níveis mínimos de AFMV variaram entre 70.31 e 87.50, sendo mais elevados para a função social, saúde emocional e funcionamento físico. Foram também as mulheres fisicamente ativas as que exibiram um melhor desempenho em todos os testes de AFF, particularmente no que se refere à “Flexão do antebraço” (6.08±1.22, p ≤ 0.01), “Alcançar atrás das costas” (-21.05±2.70, p ≤ 0.01) e “Andar seis minutos” (239.88±22.16, p ≤ 0,01). Não foram observadas diferenças entre os dois grupos em relação ao IMC, contudo o grupo fisicamente ativo apresentou valores recomendados de adiposidade central em comparação com o grupo com níveis de AFMV<150 minutos/semana. Conclusão: Os resultados sugerem que a prática de níveis de AFMV superiores ou iguais a 150 minutos/semana influenciam positivamente a qualidade de vida e a aptidão física funcional de mulheres idosas.

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