Anais da Academia Brasileira de Ciências (Jun 2007)

The occurrence of microdiamonds in Mesoproterozoic Chapada Diamantina intrusive rocks: Bahia / Brazil

  • Gislaine A. Battilani,
  • Newton S. Gomes,
  • Wilson J. Guerra

DOI
https://doi.org/10.1590/S0001-37652007000200013
Journal volume & issue
Vol. 79, no. 2
pp. 321 – 332

Abstract

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The origin of diamonds from Serra do Espinhaço in Diamantina region (State of Minas Gerais) and in Chapada Diamantina, Lençóis region (State of Bahia) remains uncertain, even taking into account the ample research carried out during the last decades. The lack of typical satellite minerals in both districts makes a kimberlitic source for these diamonds uncertain. In mid 18th century the occurrence of a metamorphosed igneous rock composed of martite, sericite and tourmaline was described in Diamantina region and named hematitic phyllite, considered by some researchers as a possible diamond source. Similar rocks were found in Lençóis and examined petrographically and their heavy mineral concentration was investigated by means of scanning electron microscopy (SEM). Petrographic analyses indicated an igneous origin for these rocks and SEM analyses showed the discovery of microdiamonds. Geochronological studies using the Ar/Ar technique in muscovites yielded minimum ages of 1515 ± 3 Ma, which may correlate with 1710 ± 12 Ma from U-Pb method in igneous zircons from the hematitic phyllites. Both rock types also have the same mineral and chemical composition which leads to the conclusion that the intrusive rocks were protolith of the hematitic phyllites. This first discovery of microdiamonds in intrusive rocks opens the possibility of new investigation models for diamond mineralization in Brazilian Proterozoic terrains.A origem dos diamantes da Serra do Espinhaço na região de Diamantina, Minas Gerais e na Chapada Diamantina, na região de Lençóis, Bahia, permanece incerta apesar das inúmeras pesquisas desenvolvidas, ao longo das últimas décadas. A ausência de minerais satélites típicos em ambos os distritos, torna incerta a possibilidade de fonte kimberlítica para os diamantes. Na região de Diamantina registra-se, desde meados do século XVIII, a ocorrência de uma rocha metamórfica, composta por martita, sericita e turmalina, denominada filito hematítico e considerada por alguns pesquisadores como uma provável fonte dos diamantes. Rochas similares foram encontradas na região de Lençóis e submetidas a estudos petrográficos tendo a concentração de minerais pesados sido investigada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). As análises petrográficas permitiram determinar uma origem ígnea para as rochas e as análises de MEV mostraram a ocorrência de microdiamantes. Estudos geocronológicos com a técnica Ar/Ar em muscovitas revelaram idades de 1515 ±3 m.a. que são correlacionáveis às idades de 1710 ±12 m.a., obtidas pelo método U-Pb, em zircões dos filitos hematíticos. Ambos litotipos apresentam composições química e mineralógica idênticas o que permite concluir que os filitos hematíticos tiveram como protólito as rochas intrusivas. Essa descoberta inédita de microdiamantes nas rochas intrusivas descortina a possibilidade de adoção de novos modelos prospectivos para mineralizações de diamantes em terrenos do Proterozóico brasileiro.

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