Revista Brasileira de Oftalmologia (Jun 2009)

Endoscopic cyclophotocoagulation in refractory glaucomas: a long term study Ciclofotocoagulação endoscópica em glaucomas refratários com longo tempo de seguimento

  • Francisco Eduardo Lima,
  • José Beniz Neto,
  • Daniela Toscano,
  • Durval Moraes de Carvalho,
  • Marcos Pereira de Ávila

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-72802009000300005
Journal volume & issue
Vol. 68, no. 3
pp. 146 – 151

Abstract

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PURPOSE: To evaluate the safety and efficacy of endoscopic cyclophotocoagulation (ECP) in the treatment of refractory glaucomas. METHODS: The preoperative and postoperative courses of 539 eyes of 539 patients with refractory glaucoma who underwent ECP and had a minimum 5 years follow-up were retrospectively reviewed. All procedures were performed by a single surgeon (FEL). Eyes that were included had undergone at least one incisional glaucoma surgery and had intraocular pressure (IOP) equal to or above 35 mmHg on maximum tolerated medical therapy, and a visual acuity better than light perception. Success was defined as IOP greater than 6 mmHg and lower than 22 mmHg after 5 years postoperatively, with or without topical anti-hypertensive therapy. ECP included 210° of the ciliary body, corresponding to 2 to 9 hours in the right eye and from 3 to 10 hours in the left eye, including the anterior third of the pars plana. RESULTS: The mean follow-up was 88.9 + 10.3 months (range 60 to 108 months). Mean preoperative IOP was 38.1 ± 6.5 mmHg, and postoperative IOP was 12.1 ± 3.4 mmHg, with or without topical antiglaucomatous medication (pOBJETIVO: Avaliar a segurança e a eficácia da técnica de ciclofotocoagulação endoscópica (CFE) no tratamento de glaucomas refratários. MÉTODOS: As condições pré e pós-operatórias de 539 olhos de 539 pacientes portadores de glaucomas refratários que foram submetidos a CFE e com, no mínimo, 5 anos de seguimento foram retrospectivamente estudadas. Todas as cirurgias foram realizadas por um único cirurgião (FEL). Os olhos incluídos haviam sido submetidos a uma ou mais cirurgias anti-glaucomatosas incisionais e apresentavam pressão intraocular (PIO) igual ou superior a 35 mmHg com medicação máxima tolerada e acuidade visual melhor que percepção luminosa. Sucesso foi definido como PIO maior que 6 mmHg e inferior a 22 mmHg na última visita, com ou sem medicação anti-glaucomatosa tópica. CFE incluiu 210° dos processos ciliares; das 2 às 9 horas em olho direito e das 3 às 10 horas em olho esquerdo, incluindo o terço anterior da pars plana. RESULTADOS: O tempo de seguimento médio foi 88,9 + 10,3 meses (variando entre 60 e 108 meses). PIO média pré e pós-operatória foi 38,1 ± 6,5 mmHg e 12,1 ± 3,4 mmHg, respectivamente, com ou sem medicação antiglaucomatosa tópica (p<0,05). O número médio medicações anti-glaucomatosas foi reduzido de 3,9 + 1,2 no pré-operatório para 1,9 + 1,4 na última visita (p<0,05). A acuidade visual ficou estável ou melhorou em após a CFE em 407 olhos (95,3%) e 20 olhos (4,7%) perderam 2 ou mais linhas na tabela de Snellen. Os índices de sucesso aos 12 e 60 meses de pós-operatório foram 92,5% e 79%, respectivamente. A curva de sobrevivência de Kaplan-Meier mostrou probabilidade de sucesso de 71,5% aos 60 meses. Como complicações foram observados intensa reação inflamatória em 116 olhos (21,5%), hifema em 58 eyes (10,7%), descolamento de coróide em 31 olhos (5,7%), phthisis bulbi em 13 olhos (2,4%), descolamento de retina em 8 olhos (1,4%) e hipotonia em 7 eyes (1,2%). CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que CFE é uma técnica segura e eficaz para o tratamento de glaucomas refratários após longo tempo de seguimento.

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