Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Nov 2009)

O efeito da musicoterapia na qualidade de vida e na pressão arterial do paciente hipertenso El efecto de la musicoterapia en la calidad de vida y en la presión arterial del paciente hipertenso Music therapy effects on the quality of life and the blood pressure of hypertensive patients

  • Claudia Regina de Oliveira Zanini,
  • Paulo César Brandão Veiga Jardim,
  • Claudia Maria Salgado,
  • Mariana Cabral Nunes,
  • Fabrícia Lanusse de Urzêda,
  • Marta Valéria Catalayud Carvalho,
  • Dalma Alves Pereira,
  • Thiago de Souza Veiga Jardim,
  • Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza

DOI
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2009001100015
Journal volume & issue
Vol. 93, no. 5
pp. 534 – 540

Abstract

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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é uma doença de massa, com conseqüências para o aparelho cardiocirculatório, pois suas complicações elevam as taxas de morbi-mortalidade. Controlar a pressão arterial (PA) diminui complicações e pode preservar a qualidade de vida (QV) dos pacientes. Estudos mostram os efeitos positivos da música como coadjuvante no tratamento de diversas patologias. OBJETIVO: Avaliar o efeito da musicoterapia na QV e no controle da PA de pacientes hipertensos. MÉTODOS: Realizou-se um ensaio clínico controlado que avaliou pacientes de ambos os sexos, maiores que 50 anos, HA estágio 1, em uso de medicação, matriculados em serviço multiprofissional para tratamento da HA. Divididos em grupos experimental (GE) e controle (GC). O GE, além do tratamento convencional, participou de sessões musicoterápicas semanais por doze semanas. O GC permaneceu sob tratamento padrão do serviço. Antes e após a intervenção foi aplicado nos dois grupos o questionário SF-36 e verificada a PA. A voz, importante elemento da comunicação, reflexo do estado físico, psíquico e emocional, foi o principal recurso utilizado. Estatística: testes t-Student e Wilcoxon (significantes pFUNDAMENTO: La hipertensión arterial (HA) es una enfermedad de masa, con consecuencias para el aparato circulatorio, pues sus complicaciones elevan las tasas de morbilidad y mortalidad. Controlar la presión arterial (PA) disminuye complicaciones y puede preservar la calidad de vida (CV) de los pacientes. Estudios muestran los efectos positivos de la música como coadyuvante en el tratamiento de diversas patologías. OBJETIVO: Evaluar el efecto de la musicoterapia en la CV y en el control de la PA de pacientes hipertensos. MÉTODOS: Se realizó un ensayo clínico controlado que evaluó pacientes de ambos sexos, mayores de 50 años, HA estado 1, en uso de medicación, matriculados en servicio multiprofesional para tratamiento de la HA. Se dividieron en grupos experimental (GE) y control (GC). El GE, además del tratamiento convencional, participó en sesiones musicoterápicas semanales por doce semanas. El GC permaneció bajo tratamiento estándar del servicio. Antes y después de la intervención se aplicó en los dos grupos el cuestionario SF-36 y se verificó la PA. La voz, importante elemento de comunicación, reflejo del estado físico, psíquico y emocional, fue el principal recurso utilizado. Estadística: tests t-Student y Wilcoxon (significantes pBACKGROUND: Arterial Hypertension (AH) is a mass disease, with consequences for the cardiocirculatory system, since its complications raise the rates of morbidity and mortality. Controlling blood pressure (BP) reduces complications and may preserve the quality of life (QOL) of patients. Studies show positive effects of music therapy as an adjuvant in the treatment of several diseases. OBJECTIVE: to evaluate the effect of music therapy on the QOL and BP control of hypertensive patients. METHODS: This was a controlled clinical study that evaluated patients of both genders, aged over 50 years, with stage 1 hypertension, in use of medication and enrolled in multidisciplinary service for treatment of hypertension. They were divided into an experimental group (EG) and a control group (CG). The EG, in addition to the conventional treatment, participated in weekly music therapy sessions for twelve weeks. The CG received the standard treatment of the service. Before and after the intervention, the SF-36 questionnaire was applied in both groups, and the BP of each patient was measured. The voice, an important element of communication, reflecting the patient's physical, mental and emotional state, was the main resource used. Statistics: Student T-test and Wilcoxon test were considered significant at p <0.05. RESULSTS: The groups were initially similar in gender, age, education, and the assessed QOL. In the initial and final comparison of EG patients, we observed a significant improvement on the QOL (p <0.05) and BP control (p <0.05), with no change in adhesion. CONCLUSIONS: Music therapy has contributed to an improvement on the QOL and BP control of patients, suggesting that this activity may represent a therapeutic approach to help strengthen the programs of multidisciplinary care of hypertensive patients.

Keywords