Educação & Sociedade (Apr 2003)

Calipso não se consolava com a partida de Ulisses: a ilha da igualdade Calypso could not get over the departure of Ulysses: an isle of equality

  • Stéphane Douailler

DOI
https://doi.org/10.1590/S0101-73302003000100010
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 82
pp. 203 – 212

Abstract

Read online

Quando, em 1987, Jacques Rancière publicou O mestre ignorante, de Joseph Jacotot, o método universal de emancipação intelectual e o aprendizado de leitura sem mestre explicador inscreviam o nome de seu autor no livro de ouro dos precursores da escola e da pedagogia. Após uma releitura do estatuto que, em 1911, o Dictionnaire de pédagogie de Ferdinand Buisson lhe havia conferido, Stéphane Douailler, professor do departamento de filosofia da Universidade Paris VIII, busca ressaltar, neste breve artigo, algumas das linhas de ruptura graças às quais o livro de Jacques Rancière conseguiu estilizar a aventura de Jacotot num paradigma excepcional da questão filosófica da igualdade das inteligências e da emancipação universal, na contramão das verdades em torno das quais, historicamente, a escola se fundou.When, in 1987, Jacques Rancière published The ignorant schoolmaster, by Joseph Jacotot, the universal method of intellectual emancipation and reading training without an explaining master definitively entered the gallery of school and education precursors. After reviewing the status he was given by the Dictionnaire de Pédagogie edited by Buisson, in 1911, Stéphane Douailler, professor at the department of philosophy at the University of Paris 8, attempts to draw out some of the rupture lines through which Rancière's book succeeded to stylize the adventure of Jacotot into an exceptional paradigm of the philosophical question of intelligence equality and universal emancipation, that went against the tide of the truths around which school was historically founded.

Keywords