Anamorphosis (Jun 2019)

“Bioshock infinite” e o fenômeno da violência legítima: uma análise a partir das contribuições de Hannah Arendt

  • Victor José Guedes Vital,
  • Fernando da Silva Cardoso

DOI
https://doi.org/10.21119/anamps.51.191-214
Journal volume & issue
Vol. 5, no. 1
pp. 191 – 214

Abstract

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A presente pesquisa tem por objetivo contribuir para o entendimento do fenômeno da violência legítima. Para isso, propõe-se a analisar a obra ficcional Bioshock Infinite através da filosofia de Hannah Arendt, transitando no liame entre o direito e a arte. A metodologia empregada é a pesquisa bibliográfica e a mitocrítica de Gilbert Durand, apta a revelar o significado imagético por trás da arte. Resultou no avanço na compreensão da simbologia por trás do nome Colúmbia, das diferentes formas de manifestação da tirania e do papel dos pais fundadores como ancestrais para a sociedade americana. Além disso, resultou em uma melhor percepção de como a obra artística simboliza a erosão da liberdade em regimes tirânicos, de como a propaganda é uma ferramenta essencial para a mentira na política, de como a violência é arma de um governo sem autoridade e de que seus cidadãos privilegiados toleram a opressão dos menos favorecidos em razão da banalidade do mal, os despersonificando. Por fim, culmina na ideia de que a necessidade opera como um dos piores tipos de violência e que a desobediência civil é a verdadeira forma de violência legítima.

Keywords