Alimentos e Nutrição (Jan 2013)

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS DE FRUTAS TROPICAIS

  • Juliana INFANTE,
  • Miriam Mabel SELANI,
  • Nataly Maria Viva de TOLEDO,
  • Mayra Fernanda SILVEIRA-DINIZ,
  • Severino Matias de ALENCAR,
  • Marta Helena Fillet SPOTO

Journal volume & issue
Vol. 24, no. 1
pp. 87 – 91

Abstract

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O Brasil, por ser um país de grande atividade agrícola, é um dos que mais produzem resíduos agroindustriais. Buscando alternativas para a aplicação destes subprodutos, o objetivo deste trabalho foi determinar o teor de compostos fenólicos e a atividade antioxidante de resíduos de abacaxi (casca e bagaço da polpa), maracujá (casca e semente), caju (bagaço da polpa) e manga (bagaço da polpa), provenientes de frutas utilizadas para fins industriais. Os mesmos foram congelados, liofilizados e armazenados a -18ºC. O teor de compostos fenólicos foi analisado pelo método de Folin-Ciocalteau, a atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos do sequestro do radical livre DPPH, autoxidação do sistema β-caroteno/ácido linoleico e FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power). Com rela- ção aos compostos fenólicos, observou-se que o extrato de resíduo de caju apresentou o maior teor, seguido dos extratos de manga, maracujá e abacaxi. Entre as análises de atividade antioxidante, o método do sequestro do radical livre DPPH demonstrou maior correlação positiva com o conteúdo fenólico (r = 0,97). Tanto no ensaio DPPH, como no FRAP, o destaque foi o resíduo de caju. Já para o mé- todo de autoxidação do sistema β-caroteno/ácido linoleico, todos os resíduos, com exceção do caju, exibiram atividades significativas, inibindo a oxidação do carotenoide em valores próximos a 50% quando comparados ao controle. O estudo mostrou que esses resíduos apresentam atividade antioxidante e, portanto, potencial de utilização como fonte de antioxidantes naturais.

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